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Entenda a importância e como implementar o SAST

Escrito por SPIRITSEC | 05/07/2023 19:27:51

A segurança de software é uma preocupação crescente em um mundo cada vez mais digitalizado. Com o aumento do número de ataques cibernéticos e das vulnerabilidades de software, é essencial adotar medidas proativas para garantir a segurança dos aplicativos.

Uma dessas medidas é o Static Application Security Testing (SAST), uma abordagem poderosa que ajuda a identificar e corrigir vulnerabilidades de segurança desde o início do ciclo de desenvolvimento do software. Neste artigo, exploraremos o conceito de SAST, seus benefícios e como ele pode ser implementado para melhorar a segurança do software.

O SAST, ou Análise Estática de Segurança de Aplicações, é uma técnica utilizada para identificar falhas de segurança em códigos-fonte ou binários de software sem a necessidade de executar o aplicativo. É uma abordagem proativa que permite identificar potenciais vulnerabilidades de segurança durante o processo de desenvolvimento do software, antes que ele seja implantado.

A análise estática do código-fonte ou do binário é realizada pelo SAST, examinando o código em busca de padrões conhecidos de vulnerabilidades. Através de técnicas de análise automatizada, o SAST é capaz de identificar erros de programação, práticas inseguras e vulnerabilidades conhecidas, tais como injeção de código, cross-site scripting (XSS), exposição de dados sensíveis, entre outros.

Ao identificar essas vulnerabilidades, o SAST fornece aos desenvolvedores informações detalhadas sobre os problemas de segurança encontrados, incluindo a localização específica do código-fonte em que ocorrem. Isso permite que os desenvolvedores corrijam as falhas de segurança antes que o software seja lançado, reduzindo o risco de exploração por parte de atacantes mal-intencionados.

Além de identificar vulnerabilidades, o SAST também pode oferecer sugestões de correção e boas práticas de programação para melhorar a qualidade do código em geral. Ele ajuda os desenvolvedores a escreverem um código mais seguro e resiliente, evitando vulnerabilidades comuns e seguindo as melhores práticas de segurança.

A implementação do SAST envolve diversas etapas cruciais para garantir uma análise de segurança eficaz e integrada ao processo de desenvolvimento de software. A seleção da ferramenta SAST é o primeiro passo, onde é necessário escolher uma ferramenta adequada às necessidades da organização, considerando fatores como suporte à linguagem de programação utilizada, facilidade de integração e capacidade de personalização das regras de análise.

Após selecionar a ferramenta, é necessário configurá-la de acordo com as necessidades específicas da organização. Isso pode incluir a definição de regras de análise personalizadas, exclusão de falsos positivos e configuração de parâmetros de segurança relevantes, levando em consideração as diretrizes e melhores práticas de segurança.

Para maximizar a eficácia do SAST, é fundamental integrá-lo ao processo de desenvolvimento contínuo. Isso envolve a incorporação da ferramenta de SAST nas ferramentas de desenvolvimento existentes, como Integrated Development Environments (IDEs), sistemas de controle de versão e pipelines de integração contínua. A integração contínua permite que os desenvolvedores recebam feedback imediato sobre possíveis vulnerabilidades, facilitando a correção rápida e eficiente dos problemas de segurança.

A automação também desempenha um papel fundamental na implementação do SAST. Automatizar a análise de segurança permite que ela seja realizada de forma contínua e consistente, abrangendo todas as versões do código-fonte, incluindo as atualizações mais recentes. A automação também possibilita que a análise de segurança seja incorporada aos processos de construção e implantação do software, garantindo verificações sistemáticas e confiáveis.

Além disso, é fundamental fornecer treinamento adequado aos desenvolvedores para entender e interpretar os resultados gerados pelo SAST. Isso aumenta a conscientização sobre questões de segurança e capacita os desenvolvedores a realizarem correções efetivas. Os desenvolvedores também devem ser orientados sobre as melhores práticas de segurança de código, a fim de evitar a introdução de novas vulnerabilidades durante o processo de desenvolvimento.

À medida que o SAST é executado, ele gera uma quantidade significativa de resultados. É importante ter um processo eficiente de análise e triagem desses resultados para identificar as vulnerabilidades mais críticas e prioritárias. A equipe de segurança e os desenvolvedores devem trabalhar em conjunto para revisar e validar os resultados, priorizando a correção das vulnerabilidades mais importantes.

A implementação do SAST não é um processo pontual, mas sim contínuo. É necessário monitorar regularmente a eficácia do SAST, avaliar os resultados obtidos e realizar melhorias contínuas na configuração e na integração da ferramenta. Além disso, é fundamental acompanhar as tendências e evoluções no campo da segurança de software para garantir que o SAST esteja alinhado com as melhores práticas de segurança mais recentes.

Em resumo, para uma implementação bem-sucedida do SAST e garantir segurança contínua, as organizações devem escolher a ferramenta certa, personalizar sua configuração, integrá-la de forma contínua, automatizar o processo, treinar seus desenvolvedores, realizar análises criteriosas dos resultados e buscar a melhoria contínua. Ao adotar essas práticas dentro de uma abordagem DevSecOps, as organizações fortalecem a segurança de seus aplicativos e reduzem consideravelmente o risco de vulnerabilidades de segurança.

É importante ressaltar que o SAST é uma das várias abordagens de segurança de software disponíveis, cada uma com suas próprias vantagens e limitações. Outras técnicas comumente usadas incluem o Dynamic Application Security Testing (DAST), que avalia a segurança em tempo de execução, e o Penetration Testing (PenTest), que envolve simulações de ataques reais para avaliar a segurança do sistema. O SAST é especialmente eficaz quando aplicado no início do ciclo de desenvolvimento, complementando outras abordagens de segurança para obter uma cobertura mais abrangente.